Muitas empresas optam pelo Simples Nacional acreditando que ele é sempre a melhor opção para pagar menos impostos.
No entanto, dependendo do faturamento e da estrutura de custos do negócio, os regimes de Lucro Presumido e Lucro Real podem ser mais vantajosos e proporcionar uma carga tributária menor.
Compreender as características de cada regime tributário é essencial para tomar a melhor decisão e evitar o pagamento excessivo de impostos.
Neste artigo, vamos detalhar as vantagens do Lucro Presumido e do Lucro Real, e mostrar quando eles podem ser mais vantajosos do que o Simples Nacional.
Se você deseja reduzir impostos e melhorar a lucratividade do seu negócio, continue lendo e descubra qual regime tributário é ideal para a sua empresa.
Entendendo os regimes tributários: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real
Antes de analisar as vantagens do Lucro Presumido e do Lucro Real, é fundamental entender como funciona o Simples Nacional e quais são as suas limitações.
📌 Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime tributário simplificado, destinado a micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Ele unifica o pagamento de vários impostos em uma única guia, incluindo:
- IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)
- CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)
- PIS e COFINS
- ICMS e ISS
- INSS Patronal
Embora seja uma opção prática para muitas empresas, o Simples Nacional pode ser desvantajoso quando o faturamento cresce ou quando a empresa possui um alto custo com folha de pagamento e insumos.
Agora, vamos conhecer as vantagens dos outros regimes tributários e entender em quais casos eles são mais indicados.
Lucro Presumido: quando ele pode ser mais vantajoso?
O Lucro Presumido é um regime tributário destinado a empresas que faturam até R$ 78 milhões por ano.
Nele, o imposto é calculado com base em uma margem de lucro pré-determinada pelo governo, variando conforme o tipo de atividade.
📌 Como funciona o Lucro Presumido?
A Receita Federal presume um percentual de lucro sobre o faturamento da empresa e, com base nisso, calcula os impostos. As alíquotas aplicadas ao faturamento são:
- IRPJ: 15% sobre a base presumida de lucro (com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que ultrapassar R$ 60.000 por trimestre).
- CSLL: 9% sobre a base presumida de lucro.
- PIS e COFINS: 3,65% sobre o faturamento bruto.
- ICMS e ISS: Variam conforme o estado e município.
📌 Quando o Lucro Presumido é vantajoso?
O Lucro Presumido pode ser uma excelente escolha para empresas que possuem uma margem de lucro maior do que a margem presumida pela Receita Federal. Alguns exemplos de empresas que podem se beneficiar desse regime incluem:
✔ Empresas prestadoras de serviços com baixa folha de pagamento e poucos custos fixos;
✔ Empresas que faturam acima do limite do Simples Nacional, mas que não têm um lucro reduzido;
✔ Comércios que não conseguem aproveitar os créditos de PIS e COFINS do Lucro Real;
✔ Profissionais liberais que atuam como Pessoa Jurídica, como médicos e engenheiros.
📌 Vantagens do Lucro Presumido
✅ Menor carga tributária para empresas com alta margem de lucro
✅ Menos burocracia do que o Lucro Real
✅ Alíquotas fixas e previsíveis
✅ Não exige escrituração contábil tão detalhada
Apesar dessas vantagens, o Lucro Presumido pode ser menos vantajoso para empresas com custos elevados, pois não permite a dedução de despesas operacionais como ocorre no Lucro Real.
Lucro Real: o melhor para empresas com altos custos e baixa margem de lucro
O Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões por ano, mas também pode ser escolhido por empresas que desejam pagar impostos sobre o lucro real obtido, em vez de uma margem presumida.
📌 Como funciona o Lucro Real?
Diferente do Lucro Presumido, no Lucro Real, os impostos são calculados com base no lucro líquido da empresa, após a dedução de todas as despesas operacionais. As principais alíquotas são:
- IRPJ: 15% sobre o lucro líquido (com adicional de 10% sobre o lucro que ultrapassar R$ 60.000 por trimestre).
- CSLL: 9% sobre o lucro líquido.
- PIS e COFINS: 9,25% sobre o faturamento, mas permite o aproveitamento de créditos tributários.
- ICMS e ISS: Variam conforme o estado e município.
📌 Quando o Lucro Real é vantajoso?
O Lucro Real pode ser a melhor escolha para empresas que possuem altos custos operacionais e uma margem de lucro reduzida, pois permite que todas as despesas sejam deduzidas antes do cálculo dos impostos. Alguns exemplos de empresas que se beneficiam do Lucro Real incluem:
✔ Empresas com margens de lucro pequenas e despesas operacionais elevadas;
✔ Empresas que desejam aproveitar créditos de PIS e COFINS sobre insumos e compras;
✔ Indústrias e atacadistas que pagam altos valores de ICMS e querem compensações;
✔ Empresas que atuam no comércio exterior e podem se beneficiar da isenção de alguns tributos.
📌 Vantagens do Lucro Real
✅ Paga impostos apenas sobre o lucro efetivo da empresa
✅ Permite dedução de despesas operacionais
✅ Aproveitamento de créditos de PIS e COFINS
✅ Menor risco de pagar impostos além do necessário
A principal desvantagem do Lucro Real é a necessidade de uma contabilidade mais rigorosa, exigindo um controle financeiro detalhado.
Comparação entre Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real
Para facilitar a decisão sobre qual regime tributário escolher, veja uma comparação resumida entre os três regimes:
| Regime Tributário | Faturamento Anual Máximo | Forma de Cálculo | Carga Tributária | Vantagens | Desvantagens |
| Simples Nacional | Até R$ 4,8 milhões | Alíquota progressiva sobre o faturamento | 4% a 19% (varia conforme o setor e faturamento) | Unificação de impostos e burocracia reduzida | Pode ser caro para empresas com alta folha de pagamento e insumos |
| Lucro Presumido | Até R$ 78 milhões | Percentual de lucro presumido sobre o faturamento | 13,33% a 16,33% | Ideal para empresas com alta margem de lucro | Não permite dedução de despesas operacionais |
| Lucro Real | Sem limite | Baseado no lucro líquido | 9,25% de PIS e COFINS + IRPJ e CSLL sobre o lucro | Ideal para empresas com altos custos operacionais e baixa margem de lucro | Exige escrituração contábil detalhada |
Erros comuns ao escolher o regime tributário e como evitá-los
Escolher o regime tributário errado pode resultar em um pagamento excessivo de impostos e dificultar o crescimento da empresa. Muitos empresários cometem erros ao decidir entre Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
A seguir, listamos os erros mais comuns e como evitá-los:
📌 1. Optar pelo Simples Nacional sem analisar o impacto da folha de pagamento
O Simples Nacional pode parecer vantajoso pela sua praticidade, mas em empresas com alto custo de folha de pagamento, a carga tributária pode ser mais elevada, pois o INSS patronal está incluso na guia única.
Se sua empresa tem muitos funcionários, vale considerar o Lucro Presumido ou o Lucro Real para reduzir a tributação sobre a folha.
📌 2. Não considerar a margem de lucro real da empresa
Empresas com margem de lucro menor do que a presumida pela Receita Federal podem acabar pagando mais impostos no Lucro Presumido.
Se a sua empresa tem um alto volume de despesas e pouca lucratividade, o Lucro Real pode ser a melhor opção.
📌 3. Ignorar a possibilidade de recuperação de créditos tributários
No Lucro Real, empresas podem recuperar créditos de PIS e COFINS pagos sobre compras e insumos.
Empresas que pagam altos valores de impostos indiretos podem se beneficiar dessa estratégia e reduzir significativamente a carga tributária.
📌 Como evitar esses erros?
Para evitar esses equívocos, é essencial contar com o apoio de uma contabilidade especializada, que analise a realidade financeira da sua empresa e indique a melhor opção para reduzir impostos.
Impacto do regime tributário na lucratividade da empresa
O regime tributário escolhido afeta diretamente a lucratividade da empresa. Afinal, quanto menos impostos você pagar, maior será o seu lucro líquido.
📌 Como o Simples Nacional impacta a lucratividade?
No Simples Nacional, o imposto é calculado sobre o faturamento bruto, independentemente da lucratividade.
Na prática, isso significa que, mesmo que sua empresa tenha um lucro pequeno ou prejuízo, os impostos ainda precisarão ser pagos sobre o total faturado.
Para empresas que possuem baixas margens de lucro, essa tributação pode ser prejudicial, pois reduz significativamente a rentabilidade.
📌 Como o Lucro Presumido impacta a lucratividade?
No Lucro Presumido, a Receita Federal assume que a empresa tem um lucro fixo, que varia entre 8% e 32% do faturamento, dependendo da atividade.
Se a sua empresa tem uma margem de lucro maior que a presumida, esse regime pode ser vantajoso. Caso contrário, pode ser uma escolha ruim.
📌 Como o Lucro Real impacta a lucratividade?
No Lucro Real, os impostos incidem sobre o lucro líquido, ou seja, sobre o valor real que a empresa ganhou após todas as despesas.
Na prática, isso é vantajoso para empresas com altos custos operacionais, pois reduz a base de cálculo dos impostos.
Dessa forma, empresas com margens de lucro baixas podem pagar menos impostos no Lucro Real do que no Simples Nacional ou no Lucro Presumido.
Se a sua empresa tem custos elevados, pagar impostos sobre o lucro real pode significar uma economia significativa e um impacto positivo na rentabilidade.
Como escolher o melhor regime tributário para sua empresa?
Escolher o regime tributário correto exige uma análise criteriosa do faturamento, custos e margens de lucro da empresa. Veja os passos para fazer essa escolha de forma estratégica:
📌 1. Analise o faturamento e os custos operacionais
- Empresas com faturamento até R$ 4,8 milhões podem optar pelo Simples Nacional, mas precisam considerar se os impostos nesse regime não são mais elevados do que em outras opções.
- Empresas com faturamento até R$ 78 milhões podem optar pelo Lucro Presumido, que pode ser vantajoso se os custos forem baixos.
- Empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões são obrigadas a adotar o Lucro Real, mas ele também pode ser interessante para empresas com altos custos operacionais.
📌 2. Avalie a margem de lucro
- Se sua margem de lucro for acima da margem presumida pela Receita, o Lucro Presumido pode ser a melhor opção.
- Se sua margem de lucro for inferior à margem presumida, o Lucro Real pode gerar economia tributária.
📌 3. Considere os créditos tributários
- Empresas que compram muitos insumos podem se beneficiar do Lucro Real, pois ele permite o uso de créditos de PIS e COFINS para reduzir impostos.
📌 4. Consulte um contador especializado
Para evitar erros e garantir que sua empresa pague o mínimo de impostos possível, conte com um planejamento tributário feito por especialistas.
Conclusão: Qual regime escolher para sua empresa?
A escolha entre Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real depende do faturamento da empresa, do tipo de atividade, dos custos operacionais e da margem de lucro.
Se você deseja garantir a melhor estratégia tributária e reduzir a carga de impostos, conte com a Qualic Contabilidade. Nossa equipe de especialistas em planejamento tributário está pronta para ajudar sua empresa a pagar menos impostos de forma legal e eficiente.
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