Trabalhar como prestador de serviço PJ, vale a pena? Como funciona? Neste conteúdo, vamos esclarecer de forma definitiva, todas as dúvidas sobre o assunto. Vale a pena conferir!
As relações de trabalho estão passando por profundas modificações nos últimos tempos. Se antes, ter um emprego CLT era sinônimo de estabilidade e segurança, hoje, as jornadas de trabalho como PJ podem fazer mais sentido para muita gente.
Em um mundo moderno e cada vez mais dinâmico e competitivo, as pessoas buscam em seus empregos, flexibilidade de horários, autonomia e boa remuneração. Atributos que normalmente não estão disponíveis em um contrato de trabalho CLT.
Mas afinal, será que realmente vale a pena trabalhar como prestador de serviço PJ? Como migrar de CLT para PJ? Quanto um profissional PJ paga de impostos?
Como toda mudança, o processo de transição CLT X PJ gera dúvidas e, portanto, merece atenção especial. Para saber mais sobre o tema, continue conosco.
O que é um prestador de serviço PJ?
O prestador de serviço PJ é um profissional que desenvolve suas atividades, prestando serviços para pessoas físicas e jurídicas, sem qualquer tipo de vínculo empregatício.
Nesse modelo, o profissional abre um CNPJ, constitui uma empresa, celebra contratos de prestação de serviço e emite notas fiscais pelos serviços prestados.
As relações não são guiadas pela CLT, mas sim, pelos termos acordados entre as partes e definidos no contrato de prestação de serviços.
Atuando nesse formato, o empreendedor e prestador de serviços pode garantir, dentre outros benefícios: melhores remunerações e jornadas mais flexíveis.
Principais diferenças entre PJ e CLT
Quem sonha em trabalhar como prestador de serviço PJ, precisa levar em consideração as principais diferenças entre os dois modelos de contratação.
Confira o comparativo que preparamos para tirar suas dúvidas e auxiliar na sua tomada de decisão:
Características | CLT | PJ |
Tipo de Vínculo Empregatício | Regido pelas normas CLT | Regido pelo contrato de prestação de serviço |
Remuneração | Não inferior ao salário mínimo ou piso da categoria | Normalmente mais alta que a oferecida na CLT, sendo determinada por acordo entre as partes. |
Benefícios e Garantias | Férias, 13º, Seguro Desemprego, Vale-Transporte, dentre outros | Não conta com os benefícios e garantias da CLT, mas é possível estipular multas por encerramento antecipado do contrato |
FGTS | Possui direito ao FGTS | Não possui direito ao FGTS |
Impostos | Por conta do empregador | Por conta do PJ |
Horário de Trabalho | Conforme definido no contrato de trabalho | Flexível |
Autonomia | Hierarquia rígida (na maioria dos casos) | Maior autonomia para tomada de decisões |
Pessoalidade | Serviço prestado diretamente pelo contratado | Serviço pode ser prestado de forma direta ou por funcionários do PJ |
Avaliando a tabela acima, podemos concluir que aqueles que decidem trabalhar como PJ, buscam:
- Maior remuneração e independência financeira;
- Jornadas de trabalho flexíveis;
- Maior autonomia.
Por outro lado, para alcançar os itens acima, precisa abrir mão dos benefícios e garantias do regime CLT.
Como calcular o salário como PJ
Uma das dúvidas mais comuns entre trabalhadores que estão pensando em realizar uma transição da modalidade CLT para PJ, diz respeito ao cálculo do novo salário.
Como vimos anteriormente, quem trabalha como PJ, não possui direito a alguns benefícios e além disso, precisa arcar com custos extras, como o pagamento de impostos.
Diante disso, quem pretende trabalhar como prestador de serviço PJ, precisa pensar em uma compensação financeira.
Ao contratar um profissional PJ, as empresas economizam em despesas com INSS, FGTS, férias, 13º salário, dentre outros itens, e, portanto, podem oferecer uma remuneração maior aos contratados como pessoa jurídica.
De forma simples e direta, na grande maioria dos casos, a transição de CLT para PJ, só passa a fazer sentido para o profissional, quando a sua remuneração cresce em pelo menos 50%.
Na prática, isso quer dizer que se você tem um vínculo CLT onde recebe R$ 2.000,00. Para trabalhar como prestador de serviço PJ, você não deve aceitar remuneração inferior a R$ 3.000,00.
A diferença, serve para compensar os benefícios trabalhistas e custear seus impostos como PJ. Mas, lembre-se, quanto maior a remuneração negociada, melhor para o seu negócio.
Quanto um prestador de serviço PJ paga de imposto?
Quando o assunto é a possibilidade de trabalhar como prestador de serviço PJ, uma das principais dúvidas dos interessados, diz respeito à carga tributária de impostos.
Diante desse tipo de dúvida, decidimos preparar um tópico exclusivo para falar a respeito das diferentes possibilidades de tributação que um PJ possui. São quatro opções:
MEI
Atuando como MEI – Microempreendedor Individual, o prestador de serviços PJ contribuirá com uma guia única mensal em valor fixo, correspondente a 5% do salário mínimo + R$ 1,00.
No entanto, apesar da economia de impostos, esse regime possui algumas limitações, incluindo:
- Permite a contratação de apenas 1 funcionário;
- Faturamento anual limitado a R$ 81 mil;
- Não disponível para determinadas atividades.
O limite de faturamento é um dos principais empecilhos do MEI para PJ, uma vez que o limite de faturamento mensal acaba ficando restrito a apenas R$ 6.750,00.
Simples Nacional
No Simples Nacional, os prestadores de serviço podem faturar bem mais que no MEI, (R$ 4,8 milhões) e além disso, também pagam seus impostos em guia única.
O valor dos impostos é calculado com base no faturamento da empresa, tipo de atividade desenvolvida e em alguns casos o valor da folha de pagamento.
Para prestadores de serviços, a alíquota do Simples Nacional pode iniciar em 4,50% sobre o faturamento mensal, chegando a alíquota efetiva máxima de 19,50%.
Lucro Presumido
Por sua vez, quem decide trabalhar como prestador de serviço PJ no Lucro Presumido, paga seus impostos em guias avulsas, com parte dos impostos destinada ao Governo Federal e parte à Prefeitura.
Para a maioria das atividades de prestação de serviços no Lucro Presumido, a carga tributária é a seguinte:
- Impostos Federais (IRPJ, CSLL, PIS e COFINS): 11,33%
- Imposto Municipal (ISS): 2% a 5%
Lucro Real
Por fim, temos o Lucro Real, regime tributário obrigatório para grandes empresas, com faturamento anual acima de R$ 78 milhões.
Considerado um regime tributário complexo, não costuma ser uma opção adequada e econômica para quem deseja trabalhar como prestador de serviço PJ.
Por fim, vale destacar que a escolha do regime tributário mais econômico para formalização da sua empresa, pode fazer uma grande diferença no final das contas.
Por isso, antes de migrar de CLT para PJ, converse com o nosso time de especialistas e descubra qual é o regime tributário mais econômico e adequado aos seus objetivos.
Trabalhar como prestador de serviço PJ, vale a pena?
Você já conhece as principais diferenças entre o regime CLT e PJ e ao longo dos tópicos anteriores tirou uma série de dúvidas sobre o assunto.
Diante disso, é hora de responder uma pergunta fundamental: “Trabalhar como prestador de serviço PJ, vale a pena?”
Sem dúvida alguma, para aqueles que pensam em empreender, conquistar maior autonomia de horários, independência financeira e crescer, atuar como PJ é uma excelente opção.
Existe um número cada vez maior de empresas interessadas em contratar prestadores de serviços PJ, e, portanto, uma boa gama de oportunidades para esse tipo de profissional.
Além disso, vale considerar que o profissional PJ pode firmar contrato com diferentes empresas, aumentando a sua renda e estabilidade financeira.
Como abrir uma empresa para trabalhar como prestador de serviço PJ
Se você tirou as suas dúvidas e está decidido a trabalhar como prestador de serviço PJ, confira o passo a passo para abrir o seu CNPJ.
1.Contrate uma contabilidade especializada
O primeiro passo para quem pretende trabalhar como prestador de serviço PJ, é a contratação de uma contabilidade especializada.
O contador, será responsável por esclarecer todas as dúvidas do profissional, auxiliar na tomada de decisões importantes e cuidar dos trâmites para abertura do CNPJ.
2.Separe os documentos necessários
Para abrir um CNPJ, registrar sua empresa e trabalhar como prestador de serviço PJ, você precisará separar alguns documentos.
- RG e CPF;
- Certidão de Casamento (se houver);
- Comprovante de Residência;
- Carnê IPTU ou Número da Inscrição Imobiliária do local sede para abertura da empresa.
Vale destacar que a depender do tipo de atividade, você não precisa alugar um ponto comercial para registrar a sua empresa, podendo utilizar o seu próprio endereço residencial ou um endereço virtual.
3.Aguarde a regularização da empresa
Por fim, basta aguardar enquanto a contabilidade cuida dos trâmites para regularização da empresa, o que inclui:
- Registro na Junta Comercial ou Cartório de Pessoas Jurídicas;
- Emissão do CNPJ – Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas;
- Emissão da Inscrição Municipal e Alvará de Funcionamento.
Uma vez liberada a documentação, sua PJ estará apta para entrar em funcionamento, celebrar contratos, contratar funcionários e emitir notas fiscais.
Contabilidade para prestador de serviço PJ
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